Ano especial dedicado à Família!

Por Dom Edgar Ertl

Dia 27 de dezembro de 2020, dia em que a Igreja celebrava a Sagrada Família, o Papa Francisco anunciou a convocação de um “Ano especial dedicado à Família Amoris Laetitia, a partir do dia 19 de março de 2021, Dia de São José e quinto aniversário de publicação da Exortação Apostólica. O encerramento está marcado para junho de 2022. Será “um ano de reflexão” e uma oportunidade para “aprofundar os conteúdos do documento”.

Disse Francisco: “Essas reflexões serão colocados à disposição das comunidades eclesiais e das famílias para acompanhá-las em seu caminho. Desde agora, convido todos a aderir às iniciativas que serão promovidas ao longo do ano e que serão coordenadas pelo Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida. Confiemos à Sagrada Família de Nazaré, em particular a São José, esposo e pai solícito, este caminho com as famílias de todo o mundo”.

Dirigindo-se a quem o acompanhava pelos meios de comunicação, o Papa chamou a atenção para o fato de que “o Filho de Deus quis ter necessidade, como todas as crianças, do calor de uma família”, e precisamente por isso, “porque é a família de Jesus, a de Nazaré é a família modelo, em que todas as famílias do mundo podem encontrar o seu ponto de referência seguro e uma inspiração segura. Em Nazaré brotou a primavera da vida humana do Filho de Deus, no momento em que Ele foi concebido pela ação do Espírito Santo no seio virginal de Maria”.

Olhando para a Sagrada Família de Nazaré

Ao imitar a Sagrada Família, somos chamados a redescobrir o valor educativo do núcleo familiar: isso requer que seja fundado no amor que sempre regenera as relações, abrindo horizontes de esperança. Em família se poderá experimentar uma comunhão sincera quando ela é casa de oração, quando os afetos são sérios, profundos, puros, quando o perdão prevalece sobre a discórdia, quando a dureza cotidiana do viver é amenizada pela ternura recíproca e pela serena adesão à vontade de Deus. Desta forma, a família se abre à alegria que Deus dá a todos aqueles que sabem dar com alegria. Ao mesmo tempo, encontra energia espiritual para se abrir ao exterior, aos outros, ao serviço dos irmãos, à colaboração para a construção de um mundo sempre novo e melhor; capaz, por isso, de ser portadora de estímulos positivos; a família evangeliza com o exemplo de vida.

“Em família se poderá experimentar uma comunhão sincera quando ela é casa de oração, quando os afetos são profundos e puros, quando o perdão prevalece sobre a discórdia, quando a dureza cotidiana do viver é amenizada pela ternura recíproca e pela serena adesão à vontade de Deus.”

Três palavrinhas quase que esquecidas nas famílias…

O Papa recordou que nas famílias existem problemas, que às vezes se briga, “mas somos humanos, somos fracos, e todos temos às vezes este fato que brigamos em família”. Mas a recomendação, já feita em outras oportunidades, é que não se acabe o dia sem fazer as pazes, pois “a guerra fria no dia seguinte é muito perigosa”. E lembrou as três palavras fundamentais para que o ambiente em família seja agradável: “com licença”, “perdão”, “obrigado”. “Não ser invasivos”, agradecer sempre, pois “a gratidão é o sangue da alma nobre”, e depois pedir perdão, das três, a palavra mais difícil de dizer.

O Papa também confiou ao Senhor “todas as famílias, especialmente as mais provadas pelas dificuldades da vida e pelas feridas da incompreensão e da divisão. O Senhor, nascido em Belém, conceda às famílias a serenidade e a força para caminharem unidos no caminho do bem”. São José, rogai por nós nestes tempos epidêmicos!

Dom Edgar Ertl

Da assessoria

Assessoria de Imprensa