Novidades sobre “Open Banking” nortearam o Café Acefb Tech
“Open Banking, conheça como ele pode transformar o mercado” foi o tema central do Café Acefb Tech, organizado pela Associação Empresarial de Francisco Beltrão nesta terça-feira, 26 de outubro. A mediação da reunião foi o empresário Rafael Menegotto, vice-presidente da Acefb para Assuntos de Ciência, Tecnologia e Inovação, com participação de João Paulo Ruaro, assessor de investimentos e Guilherme Rofino, coordenador do Núcleo das Cooperativas de Crédito (Ncoop) e gerente da agência Sicoob Centro. Teve público presencial e transmissão on-line na fanpage da Acefb.
Segundo o portal de notícias G1, “open banking é uma plataforma supervisionada pelo Banco Central que vai permite que os clientes compartilhem, sob autorização, dados pessoais com bancos e fintechs para receber melhores ofertas de produtos e serviços — como taxas de juros menores para empréstimos, por exemplo”.
São quatro fases:
Primeira fase (1/2/2021): Compartilhamento de dados entre as instituições financeiras;
Segunda fase (13/08/2021): Compartilhamento de dados de clientes relacionados a serviços bancários, como contas e cartão de crédito;
Terceira fase (29/10/2021): Integração de serviços, com início de transações de pagamento;
Quarta fase (15/12/2021): Compartilhamento de dados de serviços relacionados a câmbio, credenciamento, seguro, investimento, previdência e conta salário.
“Essa pauta é uma sequência de pautas techs que vem sendo abordadas no Café Acefb Tech. Elas vêm sendo pensadas para colaborar com os nossos associados, bem como com a nossa comunidade, para que possamos entender um pouco mais sobre as novas tecnologias que vem surgindo e como entrar nesse mundo da inovação. Todas essas informações que passamos aqui fazem com que nossas empresas sejam mais eficientes e competitivas”, explica Rafael Menegotto. “Já falamos de inovação aberta, de startups, de automação de processos com o uso de bots (robôs) e hoje debateremos o open banking”, completou.
Para Rafael, open banking não é exatamente uma tecnologia, mas uma realidade que surge devido à revolução de uma série de novas tecnologias. “Quando uma tecnologia surge, normalmente ela ajuda uma série de outras tecnologias a evoluírem de uma forma muito mais rápida. Em alguns casos, essas tecnologias criam uma nova realidade. E a gente vê isso acontecendo com as instituições bancárias, como a big data e a própria digitalização. Hoje, quem usa um aplicativo de instituição bancária, sabe muito bem que a gente consegue fazer 100% do que precisa, sem se deslocar para uma agência bancária, sem se preocupar com filas e procurar estacionamento”.
Momento do Pix
É de conhecimento público que o Pix é um meio de pagamento instantâneo criado pelo Banco Central do Brasil, uma nova opção ao lado de TED, DOC e cartões de débito e crédito para pessoas e empresas fazerem transferências de valores, realizarem ou receberem pagamentos. Com o Pix, pessoas e empresas fazem essas transações em menos de 10 segundos, usando apenas aplicativos de celular.
“Para falar sobre esse assunto, é importante dar um passo para trás e fazer um resgate histórico das evoluções que tivemos no mercado financeiro. Não faz muito tempo que as cooperativas de crédito iniciaram um trabalho mais efetivo no Brasil. Se olharmos do ano 2000 para cá, grandes foram as revoluções do sistema financeiro cooperativo de crédito. No entanto, sabemos que 68% do montante que se movimenta no mercado financeiro ainda está concentrado com cinco instituições financeiras. Percebe-se que falta concorrência nesse setor. Então, o Banco Central vem com alguns projetos para trazer mais concorrência e inovação no mercado, colocando o consumidor final [pessoas física e jurídica] no centro dessa evolução”, analisa João Paulo Ruaro.
Guilherme Rofino insere: “Já passamos pela transformação do boleto bancário, aí vieram as máquinas de cartão. O mercado está abrindo e as cooperativas de crédito estão em expansão. É um desenvolvimento muito rápido, percebido ainda mais com a pandemia da Covid-19. Exemplo disso é o Pix, que está no nosso dia a dia”.
“O open banking nada mais é do que o sistema financeiro aberto, ou compartilhamento de informações de produtos e serviços desse sistema financeiro. O Pix, por exemplo, proporciona às pessoas terem acesso ao mercado financeiro que antes não tinham. Sem falar do custo das transações, que para o usuário da ponta se tornou zero”, observa Guilherme.
“Quebra galho”
“O Guilherme comentou [no Café] sobre o ‘Pix Saque’ e o ‘Pix Troco’. Olha que interessante, você vai tomar um café numa panificadora, gasta R$ 30, mas se lembra que tem que pagar a diarista. Aí você não tem dinheiro no bolso para pagar ela. Então, você faz um Pix de R$ 100 para a panificadora, que devolverá R$ 70 de troco. O mais interessante disso tudo é que o Banco Central nesse momento vai saber que efetivamente a parte fiscal de venda são os R$ 30. Os R$ 70 do saque faz parte da modalidade do Pix. Em outras palavras, não vai ser tributado esse valor para a empresa”, encerra João Paulo.