Positividade na Pandemia
Empresários locais apostam nas redes sociais para alavancar suas rendas
Por Mayélli Carolina
Que a Internet é um execlente E-commerce, ninguém duvida. Mas ela nunca se fez tão presente na vida de pessoas que não puderam permanecer com as portas de seus estabelecimentos abertas devido a pandemia. Com isso, elas buscaram alternativas viáveis para seus negócios e conseguiram se manter em funcionamento com a utilização de aplicativos e redes sociais, realizando propagandas, vendas, e até mesmo vídeos.
Essa semana, vamos conhecer a história de alguns empresários que, mesmo sem poder contar com o espaço físico, conquistaram o seu lugar e continuaram com a fidelidade de seu público. E mais, abriram novas possibilidades de reconhecimento e divulgação de suas marcas. A farmacêutica Manuela da Rosa explica que não fechou as portas nenhum dia, até por trabalhar na área da saúde, e que a única coisa que deixou seu coração apertado, foi a filha ficar muito sozinha em casa. “Aqui em Enéas, nossa farmácia (https://www.facebook.com/santaluziafarmacia) só perdeu um pouco do movimento quando outros comércios fecharam. No mais, foi super tranquilo”.
Fernanda Bottin, proprietária da Brasil Cacau (@brasilcacau_beltrao), conta que a união empresarial foi algo importante durante essa fase. Suas vendas crescem na Páscoa, época em que o comércio começou a fechar as portas. Mesmo assim, ela afirma que conseguiu encontrar formas para se manter estável. “Encontramos novas maneiras para chegar até o cliente: vendas pelo WhatsApp, Instagram, aplicativos de entrega. Quando tudo começou, não sabíamos ao certo como seria. A preocupação foi grande, mas sempre conseguimos nos superar, nos reinventar. Uma situação como essa é um grande desafio, mas não podemos desanimar. O lado bom de tudo isso é a empatia. Empresários e colaboradores se unindo para superar a crise, pessoas se ajudando em redes sociais, divulgando o trabalho uns dos outros”.
Faturamento superior a 100%
O olhar midiático aconteceu na faculdade. Musicista, publicitária de formação e agora empresária, Marina Liston Cwiertnia disse que desde a abertura da loja, a mídia online foi uma grande aliada, mas mudanças na parte física precisaram acontecer para que pudessem se enquadrar nas normas para contenção da doença. “A pandemia trouxe novos hábitos de consumo e convívio social. O isolamento e o home office levaram muitas pessoas a passar mais tempo em casa e um dos resultados foi o aumento pela procura dos nossos produtos, colchões, estofados, roupas de cama, enfim, móveis e decorações para tornar o ambiente mais agradável e confortável. Já no espaço físico, investimentos em álcool gel na entrada, uso de máscaras, lençóis descartáveis para provar os produtos, além de manter sempre a cortina de ar ligada”.
Atendendo online 24 horas e a domicilio, ela conta que o Instagram e o Facebook (@manoahcolchoes) auxiliaram nessa época em que o comércio precisou ficar mais restrito. “Vimos muitos desafios principalmente no começo da pandemia. As indústrias de muitos municípios dos nossos fornecedores, fecharam, o que nos fez trabalhar com o estoque interno e aumentar o prazo de entrega. Mas a loja conseguiu absorver isso e os clientes compreendem o momento especial q estamos vivendo”.
Para Ciro Portes, também proprietário da Manoah Colchões, a pandemia aproximou as famílias, já que ficar em casa fez-se necessário. “Tivemos que aprender a proveitar mais momentos em em família, descanso. Por isso, atividades como movelaria, reforma e construção civil e a indústria relacionada ao conforto e bem-estar estão em alta. Acredita-se que o futuro da arquitetura e urbanismo tende a sofrer ajustes daqui em diante para se adaptar a novas necessidades que estão surgindo. E essa subta mudança nos fez investir mais tempo e preparo no meio digital. Construímos um site, ampliamos nossa atenção nas mídias sociais e nos preparamos para o atendimento virtual. Tem sido um enorme desafio já que nossa linha de trabalho depende da experiência do cliente com o produto mas os resultados tem recompensado o esforço”.
Turismo: seu grande amor
Empresária, amante de boas energias, com um vasto conhecimento em viagens pelo mundo inteiro, Mari Fiorentin, proprietária da Fenícios Tur (@feniciostur), explica que a ajuda mútua foi algo que as pessoas descobriram durante a pandemia. Ela realizou lives, criou uma cooperartiva de agências beltroneneses e afirma que se considera uma pessoa de muita sorte. “Tive de me reinventar. É a velha história que as mães contavam né, quando a água bate na bunda, é preciso aprender a nadar. Pessoas guerreiras sempre estão buscando oportunidades. Pessoas que reclamam, vão continuar reclamando, com ou sem pandemia”.
Viajando sem sair de casa (que hoje chama-se Viajando e saindo de casa), foi a maneira criativa que a empresária encontrou de levar seu conhecimento para os clientes. Nas terças e quintas, ela apresenta-se carcterizada, com direito a trilha sonora, escolhida com carinho para representar cada país de destino. “Tive essa ideia para que as pessoas não se esquecessem das agências de viagens. Conheço inúmeros lugares e falo sobre um destino diferente a cada live. Quando apresentei sobre a Argentina, coloquei um tango como música de fundo, um chapéu e uma flor na boca. Foi o maior sucesso e obteve o maior número de visualizações. A partir disso, todas as demais começaram a ter essas carcaterizações”.
Sobre o núcleo, tudo começou para que a concorrência fosse deixada de lado. Ela explica que os valores dos serviços ofertados pelas agências são os mesmos, o que diferencia uma empresa da outra é a experiência. “Trabalhei alguns meses antes de abrir meu próprio negócio, mas são duas décadas trabalhando com isso. Conheço tantos lugares que nem lembro de cabeça o nome de todos (risos). Digo que encontrei o grande amor da minha vida. Não sei se alguém ama tanto o que faz como eu. A partir disso, fui até a Associação Comercial e voltei de lá sendo coordenadora do Núcleo de Agências. O próximo passo já está sendo preparado. Vamos fazer uma grande ação de vendas”.