CIÚMES
CIÚMES
(Alva Rubra)
Queria poder lhe amar como você me ama.
Vê-lo como me vê.
Tratá-lo como tu me trata,
E por um dia, você ser eu e eu ser você.
Conseguir entender o que sente,
Para ser tão explosivo assim…
Deixar a paranoia tomar conta da mente,
Muitas vezes, afastando-o de mim.
Queria que pudesse sentir minha dor,
A cada vez que me olha torto.
Cada vez que me nega seu sabor,
Ou um mero forte abraço de conforto.
Que soubesse o quão é difícil manter inteiro,
Um coração que está há tempos trincado.
Que tivéssemos um certo roteiro,
Ao invés de seguirmos sempre no improvisado.
Sempre uma peça de teatro!
Mascarando nossos sentimentos…
Você revivendo fases ruins do passado,
E eu me agarrando aos melhores momentos!
Segurando com força para não deixar partir,
As lembranças que fizeram por você me apaixonar.
E mesmo havendo tempestades a seguir,
É você que quero ao meu lado, e escolhi amar.
Errar é humano, todo mundo erra!
Até quem nunca errou, algum dia irá errar.
Ciúme bobo não é a resposta certa…
Fala e mais fala sem chegar a nenhum lugar!
As cartas já foram postas na mesa.
O importante é aprender com o erro e não o repetir!
Se cutucar a ferida, a resposta é certa!
Não haverá futuro por vir…
Nem você para ficar,
Nem eu para ir.
Você vai voltar?
Ou comigo seguir?
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Alva Rubra nasceu em 1997 em Francisco Beltrão (PR), onde reside atualmente. Integrante do Centro de Letras de Francisco Beltrão, além de poeta, é escritora, desenhista, editora de fotos e fotógrafa amadora. Possui três obras literárias no prelo. Tem publicações surrealistas, psicodélicas e tantos outros estilos artísticos, em sua página do Instagram @expressyourselfart400, onde busca incentivar a não temer expressar e expor seu verdadeiro eu.