BIRITA
BIRITA
(Alva Rubra)
Para celebrar,
Ou declamar águas passadas.
Até quanto consegue virar,
Sem ter de acordar com ressaca?
Afogar as mágoas,
Para quando sóbria lembrar.
Qual o sentido dessas suas escolhas,
Se não se auto-torturar?
Carrasco da própria mente,
Você pune sua exaustão.
Decreta pena de morte,
E mais um porre é tomado…
CULPADO!
Acordar com soro de glicose no braço,
E os olhos ardendo e lacrimejando.
O quanto chorastes relembrando!
Eram lágrimas de saudades, não é mesmo?
A cabeça protesta pulsando,
De uma forma que parece querer explodir.
Ao seu redor, o ambiente todo girando,
Acompanhado com a ânsia de vômito que vem a seguir…
De que valeu seu condenamento,
Se quando liberto a dor vem em dobro?
Pare de tentar inocentar seu passado vão,
E quem sabe reduz a pena desse ciclo vicioso!
Que mágoas são essas que só se pode tratar,
Tomando virotes e doses no bar?
Roda de conversas vazias para disfarçar,
A ferida aberta que deixaste amar…
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Alva Rubra nasceu em 1997 em Francisco Beltrão (PR), onde reside atualmente. Integrante do Centro de Letras de Francisco Beltrão, além de poeta, é escritora, desenhista, editora de fotos e fotógrafa amadora. Possui três obras literárias no prelo. Tem publicações surrealistas, psicodélicas e tantos outros estilos artísticos, em sua página do Instagram @expressyourselfart400, onde busca incentivar a não temer expressar e expor seu verdadeiro eu.