Poema
O banco da praça
Quão solitário de mim
Deve estar o banco de madeira.
Sempre acolheu
Meu corpo com carinho.
Muitos estiveram com ele
Em meio ao pranto,
Aos risos de distâncias quebradas,
Ou mesmo um passar desatento
Todo calor e frio que senti
Não esqueço jamais.
Só não posso ir vê-lo
Porque me prenderam aqui.
Quero de novo sentar lá,
Sentir que somos um.
Ficarmos parados
Esperando a paisagem mudar.
Cláudio Loes