Cidades da região Sudoeste do Paraná geraram 7.792 postos de trabalho em setembro

De acordo com dados do Novo CAGED, Francisco Beltrão e Pato Branco foram as cidades que mais contrataram com 1375 e 1802 admissões, respectivamente 

As 43 cidades que compõem a região Sudoeste do Paraná geraram 7.792 postos de trabalho no mês de setembro, de acordo com dados divulgados no último dia 27 pelo CAGED – Cadastro Geral de Empregados e Desempregados. Pato Branco e Francisco Beltrão foram as cidades com maior número de admissões, com 1.802 e 1.375 pessoas contratadas, respectivamente. 

As Estatísticas Mensais do Emprego Formal do Novo CAGED são compostas por informações captadas dos sistemas eSocial, CAGED e Empregador Web. Em todo o Brasil foram registradas, ao todo, 1.926.572 admissões. 

Na região Sudoeste do Estado, o setor da Indústria foi o que mais contratou, com 2.496 pessoas admitidas. Em seguida, Comércio (2.291) e Serviços (2.048). 

Carina Copelli, supervisora da unidade Employer RH em Pato Branco, explica que o número de contratações pode se tornar ainda maior já que existem muitas vagas em aberto disponíveis, mas faltam profissionais para preenchê-las. “Principalmente na região de Pato Branco, existe uma demanda muito grande por mão-de-obra. São oportunidades para trabalhadores temporários e efetivos, mas há uma escassez de interessados. Todas as semanas abrimos vagas, buscamos por profissionais em outras cidades e mesmo assim, sobram”, conta. 

Mão-de-obra migratória  

Carina diz que a região Sudoeste é promissora para os profissionais que desejam acessar o mercado de trabalho, buscam por experiência e uma oportunidade para se tornarem efetivos. “Exemplo disso é que muitos imigrantes, vindos de países como a Venezuela, estão reconstruindo a vida por aqui. Eles começam como temporários e, depois de um tempo, são efetivados pelo bom desempenho. Com isso, conseguem se tornar economicamente ativos e reconstruir a vida em solo brasileiro”, diz. 

Em setembro, as cidades de Francisco Beltrão e Pato Branco registraram a admissão de 58 estrangeiros. “Da mesma forma que o trabalho temporário é uma porta de entrada para os imigrantes, é também para os brasileiros. As oportunidades existem”. 

Vagas temporárias devem crescer até o final do ano 

As vagas de trabalho temporário devem crescer até o final de 2023, de acordo com a ASSERTTEM – Associação Brasileira do Trabalho Temporário. A estimativa é de que sejam mais de 680 mil vagas, incentivadas por datas sazonais como Black Friday, Natal e Ano Novo, e pelo cenário geral da economia brasileira. 

De acordo com o presidente da Associação, Marcos de Abreu, os destaques são o turismo, tanto de lazer quanto de negócios, e o setor de serviços. Ele aponta que casas de eventos esportivos, shows, festivais; hotéis; feiras gastronômicas; cinemas; casas noturnas; bares estão voltando a repor seus quadros de pessoal, se apoiando na modalidade do Trabalho Temporário. 

Já a Indústria segue liderando as contratações (55%) e o Comércio (15%) terá também um incremento, principalmente, pela alta demanda da Black Friday e do Natal.  

Direitos do trabalhador temporário  

Na modalidade temporária, o trabalhador tem anotação em carteira e os direitos assegurados pela legislação 6.019/1974. Dentre os direitos, estão inclusos pagamento de horas extras, descanso semanal remunerado, 13º salário e férias proporcionais ao período trabalhado. Ele recebe 8% dos seus proventos a título de FGTS e o período como temporário conta como contribuição para a aposentadoria.  

Vale ressaltar que na legislação, o trabalhador temporário pode ser contratado por até 180 dias, com possibilidade de prorrogação por mais até 90 dias. A efetivação pode acontecer a qualquer momento desse período. Junto à Previdência, o trabalhador temporário também tem todos os direitos garantidos, desde que se respeite a carência mínima exigida para o pagamento dos benefícios

Da assessoria

Assessoria de Imprensa