POEMA
Queria acreditar
A noite fria e sonolenta
Abriga o rabiscador de versos
Ele sonha com sua amada
Para sempre de novo sobreviver
Nada foi fácil depois da passagem
A promessa do passado
Presente com toda resignação
Trouxe uma maior dificuldade
Por que acreditar nos vaga-lumes?
Eles só são verdadeiros por segundos
A minha mente torpe acredita sempre
Calada se resigna ao infortúnio
Passos errados aqui chegaram calejados
Saberei dar um passo a mais?
Reconhecer o sorriso verdadeiro?
A tormenta minha eternidade alimenta
Queria acreditar!
Já não devo
Seria leviano de minha parte
Querer eternizar meu sofrimento
Cláudio Loes