POEMA

Primaveras

A cada regresso da primavera
Ela poderia não me encontrar.
Como seria vê-la chorar,
Sentindo minha falta uma única vez?

Sou aquele que sempre a cobicei.
Nem as flores, nem as folhas verdes,
Elas todas não são mais que meu desejo
De estar com ela para todo o sempre.

Mas… primavera sempre vai embora.
Ficam os rebentos da nossa paixão…
Crescerão até a estação das colheitas;
Das festas das flores, da uva, do figo.

Na esperança da sua volta radiante
Ficarei aqui polindo os ponteiros do tempo.
Nem sei mais se gostaria de vê-la chorar,
Somos felizes assim enquanto ela quiser.

Cláudio Loes

Claudio Loes

Cláudio Loes nasceu em 1959, em Blumenau (SC), residindo atualmente em Francisco Beltrão (PR). É filósofo, engenheiro elétrico, especialista em Educação Ambiental, escritor, poeta e articulista. Membro do Centro de Letras de Francisco Beltrão, Associado Correspondente da Academia Paranaense da Poesia e associado do Centro de Letras do Paraná. Desenvolveu e coordena o projeto Aqui Livros para incentivar a leitura pela socialização e circulação dos livros. http://www.claudioloes.ecophysis.com.br/.