POEMA
Primaveras
A cada regresso da primavera
Ela poderia não me encontrar.
Como seria vê-la chorar,
Sentindo minha falta uma única vez?
Sou aquele que sempre a cobicei.
Nem as flores, nem as folhas verdes,
Elas todas não são mais que meu desejo
De estar com ela para todo o sempre.
Mas… primavera sempre vai embora.
Ficam os rebentos da nossa paixão…
Crescerão até a estação das colheitas;
Das festas das flores, da uva, do figo.
Na esperança da sua volta radiante
Ficarei aqui polindo os ponteiros do tempo.
Nem sei mais se gostaria de vê-la chorar,
Somos felizes assim enquanto ela quiser.
Cláudio Loes