ALETHEIA

“Galileu e os negadores da ciência”, de Mário Lívio.

Galileu Galilei(1564-1642) é reconhecido hoje como um dos principais nomes da Revolução Científica e precursor da Ciência Moderna. Seu reconhecimento em muito deve-se pelas conquistas notórias no campo da astronomia e na dinâmica de movimento. Mas, além disso, Galileu é marcado por ataques às suas convicções científicas. Algo que ainda podemos ver hoje em outros cientistas, mais de quatro séculos a frente.

O cientista do século XVI enfrentou em sua época a grande oposição da Igreja Católica. A instituição era rigorosa na interpretação das Sagradas Escrituras, de modo a atacar até mesmo os fatos e evidências levantados pelos cientistas à época. Como foi o caso do cientista Giordano Bruno, queimado vivo nas fogueiras dos tribunais da Inquisição por “heresia”.

Mesmo que houvesse evidência, cálculos e experimentos, Galileu teve de enfrentar a dureza de aceitação daqueles que preferiram permanecer na ignorância e confiar nos achismos e superstições à época. O pensamento anticientificistadesde essa época prejudicava o avanço dos pensadores e cientistas.

De modo semelhante, a anticiência é a maior inimiga dos avanços contra o covid-19 hoje. Se não temos mais a Igreja Católica sendo autocrática em seus julgamentos contra “hereges” que a desmentiam, hoje, a população leiga desacredita no que a ciência comprova para acreditar nos boatos das redes sociais. Ambos, de certa forma, corroboram para a não progressão do bem estar coletivo quando não dão crédito ao método científico.

Desta forma, deve-se compreender que a ciência é produzida seguindo uma metodologia rigorosa. Quando se constata que o kit covid não traz benefícios ao combate contra o covid-19, é porque inúmeros cientistas trabalham com fatos e evidências para levantar esse resultado. E diante dessa metodologia rigorosa, a ciência levanta sua credibilidade.

Por fim, Galileu teve de renunciar seus estudos científicos, no fim da vida, para não sofrer nas mãos dos Inquisidores. O medo da tortura e da morte o fez tomar essa decisão. E é somente na base da perseguição que os propagadores de anticiência podem conseguir silenciar a voz de quem usa da razão contra a ignorância.