POEMA
Visão cega
A visão sempre cega
A maioria dos comuns
Acostumados à vala da esperança
Querem um salvador onipotente
Quanta demência escondida
A justiça com seus pecados
O bandido condenado que fica solto
Para de novo agir destemidamente
Momentos difíceis na atualidade
O rumo vai se perdendo
A cada curva uma dúvida
Um assalto esperando seu objeto
Com desgraça tamanha
É muito melhor sonhar mais alto
O amor a todos e a tudo
Para abrir os olhos bem devagarinho
A andorinha solitária
Só anuncia a chegada do verão
Outras mais virão logo depois
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Cláudio Loes