POEMA
Retorno
Olho sempre longe
E tropeço pela estrada
Sem reclamar de nada
Nem do calor que afaga o rosto
Tudo para sentir
Passar sem demora
A areia do tempo
Pelos meus dedos calejados
De nada disso me queixo
E colho no fim de tarde
A solidão de um pôr do sol
Já vi muitos deles
E não me canso de ver
Quando o sol parte
Sonho também um dia partir
Para não mais perder a oportunidade
De estar com ele todas as tardes
Dando um até breve
Cláudio Loes