Líderes do meio empresarial e da educação comentam sobre linha aérea no Sudoeste

Darce Almeida/Acefb – Conforme notícia do Diário do Sudoeste, postada no site do jornal no dia 23 de fevereiro de 2021, “em no máximo 40 dias, Pato Branco contará com mais uma companhia aérea operando no Aeroporto Municipal Juvenal Cardoso. Já com autorização da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para realizar voos. A Aerosul, empresa de Arapongas, ofertará linhas de Londrina a Pato Branco, com passagem por Curitiba e de Pato Branco a Londrina, também com parada na capital”.

Ou seja, até dia 4 de abril, conforme o periódico, passará a operar no Sudoeste uma nova linha.  A notícia mexeu com a região. Não demorou para surgirem comentários em redes sociais e bate-papo entre amigos: e Francisco Beltrão também terá novamente uma linha aérea em funcionamento?

Para o empresário Idalino Menegotto, ex-presidente da Associação Empresarial (Acefb), uma linha aérea foi e sempre será necessário para o crescimento de uma cidade ou região. “Contudo, se pensarmos individualmente, que o meu município é mais importante que o outro, nunca teremos uma linha aérea fixa. Precisamos pensar regionalmente para viabilizar o negócio para uma empresa aérea”.

Idalino comenta sobre “deixarmos a paixão pelo automóvel de lado. Dessa forma, coletivamente teremos ônibus e aviões mais acessíveis”.

 “A linha aérea pra nós é imprescindível, antes da pandemia estava havendo uma boa demanda por passagens aéreas aqui em Beltrão e região. E não é apenas para sairmos daqui, por exemplo, e visitarmos o Nordeste. Pessoas desses estados podem vir pra cá conhecerem nossas atrações, fazer um turismo rural. Com uma linha aérea todo mundo ganha, hotéis, restaurantes, agências de viagens”, analisa Mari Fiorentin, empresária e coordenadora do Núcleo das Agências de Turismo, ligado à Acefb.

Diretor da Unipar opina

Claudemir de Souza, diretor da Universidade Paranaense (Unipar), campus de Francisco Beltrão, lembra que a falta de um aeroporto na região Sudoeste, com linha aérea regular, tem atrapalhado os trabalhos dos professores. “No sentido de que, muitas vezes inviabiliza a vinda de professores das mais diversas regiões do Brasil. Os professores que querem dar continuidade aos estudos em programas de mestrado e doutorado acabam tendo um esforço dobrado em função de terem que se deslocar para outras cidades como Chapecó, Foz e até mesmo Curitiba em busca de aeroportos”.

O diretor comenta que a Unipar tem usado o Aeroporto Internacional de Foz do Iguaçu. “Porém, as negociações com professores ou palestrantes que vem para Beltrão, quando falamos que eles vão ter que percorrer 330, 340 km para chegar até aqui, a maioria desiste. Porque eles precisam retornar o quanto antes para suas casas. Isso acaba tirando Beltrão e região do eixo dos grandes palestrantes e renomados professores nacionais que desistem quando verificam que não há aeroporto com linha aérea”.

De acordo com Claudemir, quanto à questão de voltar a ter uma linha aérea em Beltrão, “não adianta as instituições e as empresas terem que confirmar um número X de compra de passagens para viabilizar uma linha aqui. Se não tiver demanda, é ilusão. Vamos ficar de dois em dois anos inaugurando reformas em aeroportos e comemorando linha aérea que não vai se viabilizar. Algumas das linhas que teve em Beltrão não dava conexões para outras cidades, você chegava em Curitiba e perdia o dia inteiro porque não dava conexão para outras cidades”.

Volta no tempo

Dia 22 de outubro de 2019, o avião Cessna Grand Caravan, com capacidade para 12 pessoas, decolava do aeroporto Paulo Abdala, em Francisco Beltrão, com destino à Curitiba, após seis anos sem linha aérea regular no município. Aí veio a pandemia da Covid-19, em março de 2020, paralisando com todos os voos.

Legenda: Movimentação no aeroporto beltronense no dia do voo inaugural, em 2019.

Crédito: Darce Almeida/Acefb.

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