Adivinha quem aumentou de novo? Acertou quem disse a gasolina

A gasolina fica mais cara pela sexta vez no ano a partir de hoje, acompanhada pelo diesel, que sobe pela quinta vez. E o aumento é salgado. O valor médio de venda da gasolina passa a ser de R$ 2,84 por litro, alta de R$ 0,23. Já a média do diesel vai ser de R$ 2,86 por litro, o que representa um aumento de R$ 0,15.

Os valores foram anunciados ontem pela Petrobras e se referem ao cobrado nas refinarias. O preço final pago pelo consumidor é maior, com inclusão de impostos e os custos das distribuidoras. O que faz com que o litro da gasolina já ultrapasse os R$ 5 em postos do país, de acordo com a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis).

Os aumentos seguidos dos derivados do petróleo acompanham a política de preços da Petrobras, seguindo o mercado internacional.

A estratégia é adotada desde 2017 para tornar o mercado brasileiro competitivo também para a atuação de importadores e não haver desabastecimento no país, segundo a Petrobras.

Os aumentos seguidos nos combustíveis têm desgastado a imagem do presidente Jair Bolsonaro com categorias como os caminhoneiros. A alta é vista também como novo fator – após o aumento dos alimentos –, para fazer subir a inflação neste ano. O mercado financeiro elevou ontem pela nona semana consecutiva a previsão para o IPCA, o índice oficial de preços, em 2021 de 3,87% para 3,98%. Há um mês, estava em 3,60%. O diesel é o combustível mais consumido no país e compõe o preço final de mercadorias por conta do transporte.

Na tentativa de segurar os valores dos combustíveis sem intervir na estatal, o presidente Bolsonaro zerou, no início do mês, os impostos PIS e Cofins no diesel e no botijão de gás até o fim de abril, e aumentou as taxas para bancos provisoriamente. As tarifas respondem por cerca de 10% do valor final dos produtos.

Antes disso, no fim de fevereiro, o “efeito Bolsonaro” já havia impactado as ações da Petrobras, que desabaram após anúncio da troca de comando na estatal.