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E Ele Está Aqui – Capítulo 17 – A Musicalidade e a Fé, Bases de Crescimento Espiritual

Naqueles dias descobri que a vivencia com Deus se refletiria também na adoração pessoal e individual e que uma das formas de vivenciar esta experiência era a musicalidade. As músicas de louvor e adoração faziam parte da liturgia da maioria das Igrejas. As igrejas mais tradicionais serviam-se dos seus hinários particulares, como por exemplo os batistas usando o “Cantor Cristão” e os Assembleianos usando a “Harpa Cristã”.

Na verdade os anos 70 e 80 trariam uma vertente diferenciada para as músicas de louvor e adoração ao Senhor. Grupos como Elo, Logos e Vencedores Por Cristo iniciavam a gravação de várias canções que começavam a ser incluídos nos ministérios de adoração das Igrejas. Neste período começamos a adquirir os Lps que se sucediam todos os anos, de diversos grupos e eram estas as canções que ouvíamos em gravadores portáteis e pequenos que levávamos juntos enquanto íamos para a igreja, trabalho ou lazer e às vezes antes de dormir.

A característica especial desta musicalidade estava nas letras das canções na qual a maioria delas estava pautada nos ensinos da Palavra de Deus e, algumas vezes, ao se cantar, refletiam exatamente o que a Palavra dizia. Essa musicalidade edificava, construía a fé e nos aproximava de Deus.

Elo e Logos eram grupos que usavam abordagens evangelísticas e mensagens de despertamento. Vencedores por Cristo por sua vez se voltava para as canções de louvor e adoração direcionadas ao Senhor, visando o louvor congregacional.  Os Vencedores também traziam ênfase à musicalidade brasileira, com seus ritmos próprios introduzidos como elemento de louvor.

Em meados dos anos 80 recebemos também uma visão de adoração musical com expressão de intimidade com Deus e unção do Espirito Santo.  Iniciando-se pela expressão do Grupo Life, com Asaph Borba, passando pelo nascedouro das Comunidades Evangélicas e seus grupos de louvor, as temáticas de renovação espiritual e adoração profundas foram inseridas na Hinologia das Igrejas.

Nossa comunhão Deus e com o Espírito Santo era potencialmente embalada pela musicalidade restaurada, despertando e mantendo atento o nosso coração à necessidade de um relacionamento com Deus e de dar-lhe o melhor de nossa adoração pessoal.  Uma das letras mais lindas que talvez expresse o que nos fora acrescentado na atitude de louvor e adoração naquela época, fosse a que passo a compartilhar com você agora, de autoria dos Vencedores Por Cristo, cujo nome é O MEU LOUVOR:

O meu Louvor é fruto do meu amor por Ti Jesus /De lábios que confessam o Teu Nome

É fruto de Tua Graça/ E da Paz que encontro em Ti /E do Teu Espírito, que habita em mim

Que habita em mim

Ainda que os homens se levantem contra mim/ Ainda que cadeias venham me cercar

Meus lábios não se fecharão/ Pra sempre eu hei de louvar

Ainda que as trevas, venham sobre mim / Ainda que os montes desabem sobre mim

Meus lábios não se fecharam/ Pra sempre eu hei de te louvar
Compartilhei com você hoje sobre isto para que possa perceber o nível daquilo que, ao cantar naqueles dias, edificava a nossa fé.  Viva esta experiência com canções que também estejam pautadas na Palavra de Deus e consoantes com as doutrinas bíblicas. Vão abençoar o seu coração.