A Educação pagou a conta do show
Às vésperas das eleições, a maquiagem até impressiona os mais desavisados, que desconhecem os reais problemas administrativos. Por exemplo, uma rua no centro da cidade pode estar bem sinalizada, mas como estão as estradas do interior ou as ruas dos bairros mais necessitados de Francisco Beltrão? Como está a situação dos diversos aditivos nos contratos? Como está a situação dos servidores públicos, em especial dos professores? Em meio ao “Conto da Carochinha” e do País das Maravilhas algumas vozes começam a se insurgir mostrando a realidade da capital do Sudoeste!
Em entrevista com Lirani Maieski, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública Municipal de Francisco Beltrão (SINTEPFB), revela que “a Educação pagou a conta do show”, relata, e descreve que desde 2018 os professores não recebem o piso salarial, tendo uma defasagem de 11,55% de seus salários. Apesar das tentativas de mobilização para conseguir o que é considerado o mínimo, suas reclamações caíram em ouvidos surdos.
“Com a pandemia, agravou-se a questão da carga horária pesada. A possibilidade de mais profissionais é remota, dado que dificilmente teremos novos concursos públicos. Trabalha-se mais com menos funcionários e com os salários congelados até 2021. Também foi cortado o abono permanência. O sucateamento das esferas mais essenciais continua nas mãos da atual gestão, acompanhando as políticas canibalescas que advieram da reforma previdenciária municipal. Organizamos a categoria dos professores, tentamos mobilizar os vereadores, tivemos duas reuniões com o prefeito e não fomos ouvidos”, resume a presidente.
Ainda assim, o SINTEPFB conseguiu garantir alguns benefícios como o plano de saúde com a Viva Max, capaz de atender a família dos profissionais de nossa rede municipal de educação. Outra conquista, dessa vez diretamente produto do esforço dos professores em seu trabalho, é o aumento da média do IDEB, indicando melhoria na qualidade de ensino. Todas as escolas municipais subiram de média, sendo que a anterior era 6,4 e agora alcançou 6,7. Tudo isso sem o apoio da administração atual.
Maieski, em nome do sindicato, agradecem aos verdadeiros heróis professores, servidores da educação e alunos por fazerem o melhor com o pouco que têm.