ALETHEIA
Ricos pelo arroz, falidos pela inflação.
A nota de duzentos reais recentemente chegou ao brasileiro sob justificativa de “facilitar” o transito de cédulas, segundo o que deu a entender do pronunciamento do Banco Central, em decorrência do Auxílio Emergencial. A questão que veremos é que, para além do auxílio, esse feito demonstra a instabilidade econômica que está por vir.
Os preços de mercado se regulam conforme a raridade de um produto em relação à sua procura. Quanto mais raro for um determinado item, mais valioso ele tende a ser. Por exemplo, o ouro é um produto raro e, consequentemente, tem seu valor de mercado alto em relação a produtos supérfluos e comuns, como a água. O exemplo parece desconexo, mas ele explica a mecânica de valores. Isso, por sua vez, vale também ao dinheiro.
Quanto menos dinheiro estiver circulando em um país, mais “raro” ele será e, consequentemente, mais valioso tende a ser a valorização de sua moeda. Entretanto, o Governo atual, copiando os erros de seus predecessores petistas, faz questão de emitir mais notas no mercado, através da cédula de duzentos reais. A justificativa vem, a priori, para facilitar o processo de retomada da economia que o Auxílio Emergencial é designado.
Na teoria econômica, esse auxílio assistencialista prestado pelo Governo, com sua consequente maior emissão de notas, é chamado de keynesianismo, teoria econômica proposta por John Keynes (1883-1946).
Com intenções de aquecer a economia, o keynesianismo evidenciado por Bolsonaro e sua linha econômica pode cair numa cilada. O keynesianismo, via de regra, é uma faca de dois gumes: pode ser útil para aquecer a economia, se der certo, mas por outro lado corre o risco de cair nas garras da inflação e a consequente desvalorização da moeda.
O momento é crítico, fato. Torçamos para que o Governo de Bolsonaro acerte aonde está mirando, garantindo a subsistência e a prosperidade do país. Precisamos ser otimistas, mesmo que o arroz em alguns lugares esteja custando quarenta reais o quilo (consequência direta da inflação que estamos vivendo). Isso é um mero exemplo do que poderá vir caso a política econômica de Guedes não der certo.