FENIXIDADE
FENIXIDADE
(Cláudio Loes)
Estou pegando fogo
Tudo arde em desespero
Esperança não chegará a tempo
Meus pés estão quebrando
Os braços caindo
As vísceras escorrem
A fumaça é dos infernos
Por fim a cabeça tomba
Não rola longe
Foi fazer companhia para os pés
Tudo está desmoronando
Cinzas espalhadas bem perto
De uma vida que termina
Numa bomba incendiária
De protesto contra a ignorância
Coração forte resiste
Não quer queimar
Prefere padecer as agruras
De tal fim sem sentido
Agora tudo é cinza
Coração também se foi
Ei!
Espere!
O que está se revirando nas cinzas
Está começando a ganhar forma
Já não padece
Não sofre, nem chora
É bela e maravilhosa
Estende sua existência até o infinito
Bate forte as asas
Dá uma volta circular
Voa na direção dos céus
Ganha força da vontade que não feneceu
Segue para outra existência
Na companhia das estrelas
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Cláudio Loes nasceu em 1959, em Blumenau/SC, reside, atualmente, em Francisco Beltrão/PR. É filósofo, engenheiro elétrico, especialista em Educação Ambiental, escritor, poeta e articulista. É Associado da União Brasileira de Trovadores, UBT-Nacional; Associado do Centro de Letras do Paraná; é Associado Correspondente da Academia Paranaense da Poesia; é Membro do Centro de Letras de Francisco Beltrão. Publicações pela Amazon: Sete Ventos, 2018; Sonho, 2018; Informações básicas para fazer compostagem, 2018. Publicações impressas: Sonho, 2018; Poesia Primeira, 2022. Participou das coletâneas: Tudo em Versos, 2018; Trincas que me Trincam, 2020; Conexão VI – Antologia Feira do Poeta, 2021; aldraVIAS curitibanas, 2022. Publicou na Trovas e Trovadores: Revista Digital, União Brasileira de Trovadores, 2023; Pratas da Casa, 2023; Cartões poéticos edições 2023, 2024 e 2025. Editor da coluna Hemera, no Jornal Opinião; colunista na Via Poiesis, Jornal Folha do Sudoeste; colunista na Revista Educação Ambiental em Ação.