PONTAS DESCONECTADAS

PONTAS DESCONECTADAS
(Cláudio Loes)

Cada um tinha a melhor tecnologia de comunicação à disposição; um celular 24 horas por dia, várias redes sociais. Estavam separados, um de cada lado, havia um diálogo que não começava. Desconfiança? Falta de entusiasmo? Ou, simplesmente, nada? Algo mais?

Era preciso acender o pavio, como dos folguedos juninos. Ir lá, e acender o do outro, talvez não fosse seguro. Um “Olá” não seria suficiente. Ficaria no vácuo das estrelas do universo sem fim. Um tormento anunciando algo. Arriscar entrar seria…

Se qualquer das duas pontas quisesse, atropelaria com sua inteligência o terceiro mísero mortal que, somente munido da intuição, saberia que era preciso conectá-los.

Valeria a pena o risco? Por que provocar e conectar os dois lados? Talvez um desafio para que a ponte entre as pontas se mostrasse? Ser ou não ser ponte, eis minha dúvida?
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Cláudio Loes nasceu em 1959, em Blumenau/SC, reside, atualmente, em Francisco Beltrão/PR. É filósofo, engenheiro elétrico, especialista em Educação Ambiental, escritor, poeta e articulista. É Associado do Centro de Letras do Paraná; é Associado Correspondente da Academia Paranaense da Poesia; é Membro do Centro de Letras de Francisco Beltrão. Publicações pela Amazon: Sete Ventos, 2018; Sonho, 2018; Informações básicas para fazer compostagem, 2018. Publicações impressas: Sonho, 2018; Poesia Primeira, 2022. Participou das coletâneas: Tudo em Versos, 2018; Trincas que me Trincam, 2020; Conexão VI – Antologia Feira do Poeta, 2021; aldraVIAS curitibanas, 2022. Publicou na Trovas e Trovadores: Revista Digital, União Brasileira de Trovadores, 2023; Pratas da Casa, 2023. Editor da coluna Hemera, no Jornal Opinião; colunista na Via Poiesis, Jornal Folha do Sudoeste; colunista na Revista Educação Ambiental em Ação.