“O Brasil não está preparado para esse tipo de tragédia climática”, diz Reichembach
Deputado é um dos defensores do meio ambiente na Alep.
A tragédia climática que assola o Rio Grande do Sul e que deixou 85% dos municípios embaixo d’água e a necessidade urgente de cuidar (e respeitar) o meio ambiente. Em seu pronunciamento na sessão plenária desta terça-feira (14) na Assembleia Legislativa do Paraná, o deputado Wilmar Reichembach (PSD) foi enfático ao afirmar que é mais um recado duríssimo da natureza e as razões estão muito bem identificadas e conhecidas: são consequências do aquecimento global, que é gerado pelos gases de efeito estufa, principalmente devido às atividades humanas, como a queima de combustíveis fósseis e o desmatamento. “Esses gases retêm o calor na atmosfera e causam o aumento da temperatura média do planeta, o que, por sua vez, leva a diversas alterações climáticas. Entre essas alterações, está o aumento da frequência e da intensidade de eventos climáticos extremos, como tempestades mais violentas, enchentes, secas prolongadas e ondas de calor intensas”, afirmou Reichembach.
Os impactos das enchentes no estado gaúcho são inúmeros, incluindo mais de 150 mortes, 104 pessoas desaparecidas, milhares de desabrigados, danos materiais, deslizamentos de terra e interrupção de serviços básicos, como energia elétrica e abastecimento de água. “Vivemos num país que não está preparado para eventos climáticos deste porte. Isso porque, o Brasil não era rota de situações semelhantes. Mas agora, infelizmente, é! Aponto três caminhos a serem seguidos: o primeiro é investir em projetos de apoio urgente e socorro às vítimas sem burocracia e com controle de recursos públicos; o segundo é relacionado a orçamentos destinados às obras de prevenção, com estudo, planejamento e investimentos pesados e o terceiro caminho é com relação às ações ambientais. É fundamental tomar medidas para reduzir as emissões de gases de efeito estufa e aliviar os efeitos do aquecimento global, a fim de diminuir a intensidade desses eventos climáticos extremos. A responsabilidade pela preservação do meio ambiente é de todos nós. Pequenas atitudes individuais podem fazer a diferença, mas é necessário termos políticas públicas eficientes e promover a conscientização coletiva”, completou.
Mercado do Carbono
Reichembach é autor do projeto de lei que cria, no Paraná, um programa de orientação sobre o mercado do carbono, que visa compensar a emissão de gases de efeito estufa por meio da comercialização de créditos de carbono. O Paraná, que já conquistou destaque na área com o título de estado mais sustentável do país, de acordo com o Ranking de Competitividade dos Estados, pode com esta ação fortalecer ainda mais esse papel de protagonismo no cenário nacional no que tange à questão ambiental e climática.