TRANSTORNOS
TRANSTORNOS
(Alva Rubra)
É difícil se manter no controle o tempo todo…
Tanto nas palavras, quanto nas ações.
Muito tempo reprimindo, uma hora eu explodo!
Mesmo sem ter intenções.
Vem com tudo nas agressões, eu aguento.
Tento ao máximo não perder a cabeça
Respirando fundo a todo o momento,
Mas tudo tem limite, e eu perco a paciência!
Me tiram para o soco, eu devolvo.
Tentando me defender…
Geralmente não me envolvo,
Prefiro conversar para resolver.
E a pessoa insiste,
E persiste, até eu ceder.
Escurece de repente,
ajo involuntariamente!
É matar ou morrer…
Ajo sem pensar,
A força triplica!
Paro quando sangrar,
A raiva domina!
Quando perdem ou desistem,
Me acalmo e volto ao normal.
Desespero surge, lágrimas correm…
Vejo que surtei e virei animal.
Me sinto mal…
Não sou assim!
Por que é sempre igual?
Por que acontece para mim?
Mil desculpas não adiantam…
Mais um trauma para minha coleção.
Por que sou tão emotiva?
Por que parece que só conheço a agressão?
Por mais que eu não queira,
Está enraizado na criação.
Como se agredir fosse a única maneira,
Mas sei que não é a melhor opção.
Por que não consigo me mudar?
Por que não consigo ser mais razão?
Eu que sempre estou a pensar,
Por que não consigo seguir minha intuição?
Ela sempre esteve certa,
E eu nunca lhe dei ouvidos…
É como se… quanto mais a pessoa é incerta
Mais ela se torna em sentidos.
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Alva Rubra nasceu em 1997 em Francisco Beltrão (PR), onde reside atualmente. Integrante do Centro de Letras de Francisco Beltrão, além de poeta, é escritora, desenhista, editora de fotos e fotógrafa amadora. Possui três obras literárias no prelo. Participou da coletânea “Pratas da Casa”, 2023. Tem publicações surrealistas, psicodélicas e tantos outros estilos artísticos, em sua página do Instagram @expressyourselfart400, onde busca incentivar a não temer expressar e expor seu verdadeiro eu.