TUDO SEMPRE IGUAL
TUDO SEMPRE IGUAL
(Cláudio Loes)
Abre
Tranca
Liga
Fecha
Televisão ligada e vida vazia
Descaso no jornal voando no jardim
Chuva vem sedenta por torrão de terra
Todos muito loucos sem nenhuma razão
Abre
Tranca
Liga
Fecha
A estrada caminha com passos lentos
Sem rumo e sem nenhuma direção
Lá no alto tudo escuro e sem brilho
O frio corre livre pelos vales e montes
Abre
Tranca
Liga
Fecha
A casa está caindo inundando o chão
Portas e janelas resistem até fungar
Uiva a existência pelas frestas vazias
Mal sabem todos eles que é tudo ilusão
Abre
Tranca
Liga
Fecha
Ficar neste sonho de apressadamente partir
Quando não há onde se queira chegar
É querer tremer de medo até o final fatal
Para não congelar a esperança que acabou de chegar
Abre
Tranca
Liga
Fecha
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Cláudio Loes nasceu em 1959, em Blumenau (SC), residindo atualmente em Francisco Beltrão (PR). É filósofo, engenheiro elétrico, especialista em Educação Ambiental, escritor, poeta e articulista. Membro do Centro de Letras de Francisco Beltrão, Associado Correspondente da Academia Paranaense da Poesia e associado do Centro de Letras do Paraná. Desenvolveu e coordena o projeto Aqui Livros para incentivar a leitura pela socialização e circulação dos livros.