AMARELO

AMARELO
(Alva Rubra)

Escuridão total…
Mesmo o dia estando claro.
Entro em um colapso mental,
Em que todo o sentimento se torna vago.

Um vazio emocional…
Crise existencial.
Tendo a morte em grande potencial,
A cada dia que passa,
Diminuo o passo.

Às vezes, nem caminho,
Ou levanto.
Fico ali, deitada no chão gelado.
E é tão confortável…

Eu que sempre fui arisca ao frio,
Na solidão me aconcheguei no abraço.
Com um forte aperto no peito,
E uma dor de dilacerar o coração,
Percebo que no rumo da vida, perdi a mão.

Me vejo sem direção…
Perdi o prazer, a essência do meu ser,
O sentindo de viver, a total motivação.
Nada mais me inspira!

Não encontro alegria,
Por mais que a procure!
No silêncio, grito em agonia.
Não quero que alguém escute…

Meus olhos transbordam desespero
Ao olhar-me no espelho,
Me imploram:
Me ajude!!!

Encaro de volta aquela criança,
Se afogando na melancolia, pedindo abrigo.
Já com pesar e sem esperança,
Num último suspiro lhe digo:
FLUTUE!
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Alva Rubra nasceu em 1997 em Francisco Beltrão (PR), onde reside atualmente. Integrante do Centro de Letras de Francisco Beltrão, além de poeta, é escritora, desenhista, editora de fotos e fotógrafa amadora. Possui três obras literárias no prelo. Tem publicações surrealistas, psicodélicas e tantos outros estilos artísticos, em sua página do Instagram @expressyourselfart400, onde busca incentivar a não temer expressar e expor seu verdadeiro eu.