POEMA

Borrão

Brinco com as palavras
Sem querer algo mais
Elas passam bem de leve
Para não manchar o papel

A tinta quando corre
Pode fazer belo borrão
O leitor não vai perceber
Nem pensar que é poesia

Poesia moderna num borrão
Pode ficar pálida depois
As palavras no poema
Sempre ficam mais polidas

Vamos para o final
A mancha de tinta inspirou
Trouxe um dia diferente
Assim como estes versos

Cláudio Loes

Claudio Loes

Cláudio Loes nasceu em 1959, em Blumenau (SC), residindo atualmente em Francisco Beltrão (PR). É filósofo, engenheiro elétrico, especialista em Educação Ambiental, escritor, poeta e articulista. Membro do Centro de Letras de Francisco Beltrão, Associado Correspondente da Academia Paranaense da Poesia e associado do Centro de Letras do Paraná. Desenvolveu e coordena o projeto Aqui Livros para incentivar a leitura pela socialização e circulação dos livros. http://www.claudioloes.ecophysis.com.br/.