POEMA
Fim de dia
Mais um copo
Dourando a existência
Esperando o frequentador assíduo
Perfumado com água de colônia
Casa amarela das fofocas baixas
Na rua dos amores desencontrados
De luzes vermelhas pálidas
Passados perdidos para sempre
Ali quase tudo acontece
O primeiro gole é sóbrio
O último é de água ardente
Para enganar as tristezas
Mais um fim de dia
Algumas horas na perdição
De uma vida inútil
Resumida num quartinho mofo
Cláudio Loes