CRÔNICAS
O que guardamos nas gavetas?
Ao longo dos anos, vamos acumulando objetos, recordações e experiências. Algumas maravilhosas, outras, nem tanto. Guardamos pertences antigos e novos. Objetos que consideramos preciosos e aqueles que mesmo sem utilidade, não temos coragem de jogar no lixo.
A vida é como um armário, os mais variados sentimentos preenchem os conteúdos das nossas gavetas. É difícil jogar as “coisas” fora, desfazer-se das nossas emoções, e organizar aquilo que possuímos. Diariamente, abrimos gavetas, guardamos algo da nossa necessidade ou para recordar de um tempo que não volta mais, outras vezes, trancamos as nossas emoções e eliminamos a chave.
Em algumas situações, encontramos no meio da baderna o que pensávamos estar perdido, objetos que fizeram parte da identidade social, relíquias do passado ou algo que ganhamos e nunca usamos. Sempre temos um espaço da bagunça e um lugar que arquivamos tudo que é importante, que pode ser num balcão, no roupeiro ou uma estante.
Têm gavetas que escondem segredos e outras são expostas para quem quiser ver. Algumas são abertas com facilidade, outras ficam emperradas, trancadas por dentro. Um dia deparamo-nos com uma gaveta item por que quase não usamos, esquecida, lá, encontramos a surpresa da vida que pode nos começamos organizar item.
É preciso ter determinação para arrumar tudo que possuímos e acumulamos ao longo dos dias, semanas, meses e anos. Alguns objetos entulham os nossos espaços físicos, assim como certos sentimentos poluem a nossa alma. Quando guardamos em excesso, falta espaço para o novo. A vida só flui quando abrimos os caminhos, aqueles que desejam mudança, devem estar dispostos a mudar.
Assombrar ou iluminar. Em determinados momentos, para manter a ordem, viramos tudo de cabeça para baixo e
Muitas pessoas vivem apegadas, não conseguem limpar os espaços, usam a desculpa da falta de tempo para pôr os pertences e a vida em ordem, outras dizem que conseguem se encontrar mesmo que tudo esteja fora de lugar. Se o conteúdo das gavetas refletissem a sua existência, como definiria a sua história: bagunçada ou organizada? Qual é a inutilidade que não lhe acrescenta nada, e você insiste em guardar?