ALETHEIA
Jó, setembro amarelo e a busca por ressignificação
“Por que se dá a luz ao infeliz, e vida aos amargurados de alma?” – Jó 3:20.
Jó havia perdido tudo o que tinha. Era rico, tornara-se pobre. Tinha filhos, morreram todos. Tinha patrimônio, perdeu-se. Era saudável, contraiu hanseníase (antiga lepra). As coisas corriam contra ele, de forma tal a refletir se a vida continuava valendo a pena.
Teve por fim, fé em seu Deus. Este, restituiu o que Jó tinha perdido. Mas o que a história de Jó tem a ver com nossos dias atuais?
Vivemos tempos de crise, isso não é novidade a ninguém. Crise econômica se alastra desde 2014. Crise política, idem. Crise sanitária com o coronavírus, desde 2019. Isso fora toda a opressão do mundo contemporâneo, que vomita modas e tendências a serem seguidas, quase que coercitivamente através da mídia. Viver em nossos tempos não é fácil. Ninguém pode negar.
A questão é: viver nunca foi fácil. Isso, entretanto, não justifica a interrupção voluntária da vida.
A pandemia contribuiu em muito para o aumento dos casos de ansiedade e depressão. Mas, sobretudo, no aumento dos casos de suicídio. Pessoas perderam entes queridos e depois não conseguiram superar a depressão. Houve quem perdeu o emprego e, sem conseguir trazer o sustento de casa, preferiu tirar a própria vida. Inúmeros são os casos negativos que a pandemia permitiu ocorrer no decorrer desses dois últimos anos.
Isso, entretanto, não é o fim. É passageiro. Assim como foi com Jó. Ele, por exemplo, encontrou sua solução em sua fé no seu Deus. Não se trata de religião, mas sim, de fé. Fé que as coisas vão melhorar. Fé que vale a pena continuar vivendo.
Por fim, nesse mês, em que comemoramos o setembro amarelo, deixo minha sugestão para você que, assim como Jó, refletiu se a vida vale a pena: procure médicos, psicólogos, e busque ajuda para ressignificar sua vida. Procure um amigo ou familiar em quem possa dialogar. Isso ajudará a melhorar a situação. E lembre-se: tenha fé. Tudo isso irá passar, e as coisas irão melhorar. De toda a forma, persista, não desista da vida. Ela merece ser aproveitada.