POEMA

Tesouros trazidos pelo vento

O vento veio me visitar como sempre
E trouxe presentes valiosos
A poesia sempre meiga, esbelta e bela
O amor sempre cavalheiro e feliz

Fiquei muito grato e encantado
E ao mesmo tempo com medo
Não queria que ninguém mais tivesse
Tesouros como esses

Comecei cercando o amor com versos
A poesia até ajudou no início
Logo em seguida, ela ficou cansada e feia
Enquanto o amor definhava no fim da estrofe

O vento, com muita dificuldade, sussurrou
Que o amor era infinito e de todos
E para quem o possui
A poesia jamais o deixaria só

Parei de escrever
Parei de construir a prisão
O vento voltou alegre a se movimentar
O amor e a poesia foram com ele

A poesia vívida ao meu lado
Empurrou papel e caneta para perto de mim
O amor aumentou a chama da felicidade
E para me animar eles foram ficando maiores

Voltei a rabiscar ainda tímido
Palavras sem nenhum sentido
Nova inspiração, versos livres
Com os tesouros: o amor e a poesia

Cláudio Loes

Claudio Loes

Cláudio Loes nasceu em 1959, em Blumenau (SC), residindo atualmente em Francisco Beltrão (PR). É filósofo, engenheiro elétrico, especialista em Educação Ambiental, escritor, poeta e articulista. Membro do Centro de Letras de Francisco Beltrão, Associado Correspondente da Academia Paranaense da Poesia e associado do Centro de Letras do Paraná. Desenvolveu e coordena o projeto Aqui Livros para incentivar a leitura pela socialização e circulação dos livros. http://www.claudioloes.ecophysis.com.br/.