Médica cotada para Ministério da Saúde não se entende com Bolsonaro

Reunião de mais de três horas neste domingo terminou sem consenso quanto à estratégia de combate da pandemia. Nova reunião será realizada hoje

A médica Ludhmila Hajjar, cotada para assumir o Ministério da Saúde no lugar do general Eduardo Pazuello, não se entendeu com o presidente Jair Bolsonaro sobre o combate à pandemia. Segundo informa a coluna da jornalista Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo na manhã desta segunda-feira (15), a médica não aceitou o convite para assumir a pasta.

Ludhmila foi indicada do presidente da Câmara, Arthur Lira. Neste domingo, a médica esteve reunida por três horas com o presidente e Pazuello. Mas, não houve acordo quanto à estratégia de combate da pandemia. Ludhmila é a favor da vacinação em massa, e também defende o isolamento social. É contra o tratamento precoce com remédios sem eficácia comprovada, como é o caso da cloroquina, presente no discurso de Bolsonaro.

“Não houve, no encontro, consenso sobre como o Ministério da Saúde poderia passar a tratar desses temas e gerir as políticas para o combate à Covid-19”, afirma a jornalista.

“A conversa começou tranquila. Mas começou a ficar tensa na medida em que não se chegava a um consenso. E terminou de forma inconclusiva.. Bolsonaro e Ludhmila ficaram de se encontrar novamente nesta segunda (15)”, disse ainda a jornalista sobre o encontro com a médica cotada para o Ministério da Saúde.

A decisão da cardiologista de não aceitar o convite já foi comunicada por ela a políticos que a apoiam.

O nome dela era defendido de forma enfática pelo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, por outros parlamentares, por diversos ministros do governo Bolsonaro e por magistrados do STF (Supremo Tribunal Federal).

​Ludhmila é cardiologista e se especializou no tratamento da Covid-19.