Concurso da PCPR: indenização aos inscritos
Na tarde deste domingo (21), o deputado estadual Soldado Fruet (PROS)
realizou o protocolo digital do envio de expediente ao delegado geral da
Polícia Civil do Paraná, Silvio Jacob Rockembach, solicitando
informações sobre a suspensão do concurso público para provimento dos
cargos de delegado de polícia, investigador de polícia e papiloscopista.
As provas da primeira etapa do certame estavam marcadas para as 13h30
deste domingo, mas às 05h42 o Núcleo de Concursos da UFPR divulgou a
suspensão da prova, por suposta ausência de requisitos indispensáveis à
segurança e saúde dos candidatos e colaboradores.
O Soldado Fruet ressaltou que às 20h12 da véspera da data da prova (20),
a própria organizadora expediu um comunicado corroborando alguns pontos
do edital para aplicação da prova, sem mencionar qualquer adiamento.
“Muitos vieram de outros estados, gastaram tempo e dinheiro com
transporte, alojamento e alimentação, mas foram surpreendidos com uma
suspensão horas antes do exame, para o qual se prepararam por tanto
tempo”, comentou o parlamentar. “Quem vai arcar com esses custos?”,
questionou.
Para o Soldado Fruet, a realização do concurso em época de pandemia é
discutível, “mas, em razão da falta de efetivo policial no Estado e da
necessidade urgente de contratação, aceitável”. Na avaliação dele, “é de
saltar os olhos a falta de respeito da organização”. O líder do PROS
lembrou que muitas ações foram ajuizadas para que a data da prova fosse
alterada, sendo todas refutadas pelo Poder Judiciário, “com base na
certeza de segurança e exequibilidade da organização ratificados pela
Administração Pública, via Procuradoria-Geral do Estado e Polícia Civil
do Paraná, em conjunto com o Núcleo de Concursos da Universidade Federal
do Paraná”.
Segundo ele, “essa absurda situação traz prejuízos enormes ao Estado do
Paraná, que precisa de maior efetivo policial. Porém, traz danos
imediatos, individualizados e imensuráveis para aqueles que se dignaram
a realizar a inscrição e, posteriormente, se deslocaram com intuito de
realizar a prova”. No requerimento, o Soldado Fruet destacou que “o
ressarcimento é necessário, devendo ser realizado inclusive com um
pedido enorme de desculpas”. Para o deputado, “é imperioso perquirir as
reais causas do adiamento e encontrar culpados, pois não é justo que os
inscritos e toda a população que mantém o Estado arquem pela
negligência, imprudência e possível imperícia dos organizadores”.
O Soldado Fruet encaminhou 16 questionamentos ao delegado geral, entre
eles: Em quais lugares de aplicação de prova foram encontrados problemas
para a segurança dos inscritos e colaboradores? Foi buscada alguma
solução alternativa que pudesse viabilizar a execução da prova
preambular? Existe planejamento de, ao menos, reembolsar os valores
pagos pela inscrição? Há possibilidade de ressarcimento administrativo
dos valores pagos por transporte, alimentação e alojamento pelos
concurseiros que comprovadamente tenham domicílio fora da grande
Curitiba? Existe alguma previsão de continuidade do certame e realização