ALETHEIA

Como o Big Brother emitiu em rede nacional a hipocrisia da esquerda.

O Big Brother Brasil passava por crises de audiência, até que alavancou-se, em 2020, com a chegada da pandemia. É fato dizer que, com a chegada do coronavírus, o brasileiro médio se viu sem muitas opções de entretenimento, principalmente com a ausência temporária de esportes, como o futebol. A questão que fica é: como um programa de pouco estímulo intelectual conseguiu, nos últimos dois anos, se reerguer e comover a opinião pública?

Diga-se, uma das grandes sacadas da TV Globo foi colocar, na edição de 2020, sub-celebridades. Há de se concordar que ficar de olho em como determinada figura pública se comporta fez com que a grande massa depositasse atenção no programa.

Nesse contexto, a emissora, na edição de 2021, dando continuidade ao sucesso do ano anterior, colocou entre os “brothers” personalidades já conhecidas do público. A grande questão, entretanto, foi o debate comportamental desses. E é esse o motivo da comoção pública.

Por exemplo, na edição atual, encontramos o “homem feministo”, a “lacradora”, a “justiceira social”, entre os participantes. Ao que parece, a Globo conseguiu reunir a diversidade mais completa das facetas da esquerda “identitária”. O que a emissora não contava era que esses ícones insuportáveis comeriam uns aos outros em seus discursos hipócritas e autoritários.

O lado bom disso foi expor em rede nacional a hipocrisia de boa parte da ala progressista, principalmente a dita esquerda “identitária” – ou melhor, autoritária. Afinal, o discurso desses fantoches do idealismo criticava, ou melhor, “cancelava” qualquer respiro dado de forma contrária ao pensamento do “brother” progressista. E isso, convenhamos, saturou o público.

É claro que para o bom entendedor do discurso de esquerda, a hipocrisia e o autoritarismo discursados no BBB não foram novidades. Mas foi necessário expor essa faceta a toda a população que, leiga muitas vezes, concentra fé no discurso ilusório daqueles que usurpam de pautas importantes para promoverem a si próprios.

Portanto, é nítido que o BBB serve de espelho para a ala progressista. E, diga-se de passagem, eles mesmo não estão suportando o próprio reflexo.

Matheus Augusto

Matheus Augusto da Cruz, acadêmico de medicina da Unidep, dono das páginas Aletheia, no Facebook e @apriorialetheia, no Instagram