SEMPRE POR PERTO

E Ele Está Aqui – Capítulo 26 – Destinos Específicos Formatados no Horizonte

Como tenho lhe contato até aqui, a família Ribeiro ganhou papel preponderante na formatação do propósito de Deus para minha vida, e muito especialmente aqueles 7 jovens que formávamos, acrescidos pelo Marquinhos, Maurício que era tecladista e veio a se tornar esposo da Graça, uma das irmãs trazidas ao Senhor na Congregação de Lagoinha no Celestino.

O fato é que o tempo passava e algumas coisas iriam necessariamente mudar. Toni precisava se dedicar aos estudos que agora necessitariam de seu inteiro foco, estava se aproximando a fase decisiva de sua formação em Engenharia.

Após orar e pensar ele nos disse que iria pedir à Coordenação de Congregações da Lagoinha, que na época era de responsabilidade do Pr. João Batista Cardoso, que enviasse um obreiro, seminarista ou Pastor conduzir a congregação do Celestino. Ele continuaria apoiando mas, precisaria ficar numa posição mais secundária para dedicar-se aos estudos da Faculdade.

Entendíamos a necessidade de Toni mas temíamos que fosse quebrado aquele vínculo que nos uniu, a filosofia de evangelismo que se implantou e a proposta de uma nova liderança com um outro perfil nos deixava a todos ansiosos e expectativos.

Depois de algumas conversas com a Igreja Sede, recebemos a visita de alguns pastores.

Um dia fomos visitados pelo Pr. Benjamim Maia, homem de muito respeito e de muita referência na Convenção Batista Nacional. A possibilidade de sua presença conosco nos animou, mas parece não ter havido direção de Deus neste sentido. Fomos posteriormente apresentados ao Pr. Obede, outro homem de Deus que nos visitou, mas não havia direção de Deus para tal.

Fomos visitados por alguns seminaristas, dentre eles dois deles que nos lembravam estilos já conhecidos, um deles pregando muito igual ao Jimmy Swagart e outro muito parecido ao Pr. João Carlos Marques. E na verdade não eram eles também os escolhidos para dar seqüência ao trabalho.

Então Toni conheceu no Steb um Seminarista chamado Roberto. Um jovem tremendamente culto e muito sério e temente ao Senhor. Roberto era do interior de Minas Gerais e havia sido chamado pelo Senhor para preparar-se em Belo Horizonte em regime de internato naquele Seminário da Convenção Batista Nacional, que aliás ficava próximo às nossas casas.

Roberto foi aceito por todos nós e começou a trabalhar conosco, especialmente fazendo atividades com os jovens. Fora ele o responsável por dar uma liturgia mais adequada aos cultos e introduzir os hinos do Cantor Cristão em nossa hinologia congregacional.

Disciplinado quanto à leituras e estudos bíblicos, nos desafiou a fazer gincanas bíblicas e realizar teatros e jograis que falassem dos personagens bíblicos.

Sua peculiaridade não era a de dar respostas prontas em aconselhamentos mas, sobretudo, nos levar à reflexão e a tomar decisões pautadas no direcionamento de Deus.

Além de nos ajudar na Congregação, Roberto apoiava a Terceira Igreja Batista ajudando-a na limpeza e organização do Templo e de suas dependências.

Não era um orador de impacto, tinha uma vida de impacto. Discreto, educado e amigo. Importantíssimo em nossa caminhada rumo à maturidade espiritual.

Todos nós aprendemos com ele alguma coisa, mas como muitas vezes eu ia ao Steb conversar, muitas vezes foi ele um confidente e pastor que jamais me deixou frustrado ou decepcionado quando precisava de um conselho.

Preciosíssimo foi o tempo em que Roberto esteve entre nós.
Mas foi exatamente aqui que o destino de Deus começou a delinear-se de maneira diferente para cada um de nós.

Tempos viriam em que aqueles jovens continuariam a servir em instâncias diferentes e este tempo estava se aproximando.