SEMPRE POR PERTO
E Ele Está Aqui – Capítulo 20– De Volta aos Estudos
Como você sabe, desde a expulsão do Colégio Militar (como contei em meu livro E Ele Estava Lá), havia abandonado os estudos. Esbocei algumas tentativas de retorno mas nada objetivo.
Agora, aos 17 anos, deveria retomar os estudos visando embasar meu Curso de Teologia. Foi então que optei pelo Ensino Supletivo visando assim a conclusão do Primeiro Grau.
Matriculei-me em um curso muito bom em Belo Horizonte que preparava os alunos para os exames que seriam realizados em um final de semana com todas as matérias do currículo dos anos relacionados ao Primeiro Grau.
As aulas presenciais estabelecidas naquele ambiente continham alunos de diversas faixas etárias. Ali fui conhecendo algumas pessoas e alguns professores.
Um ambiente em que fui provado na minha fidelidade ao Senhor no sentido religioso no contraste entre ciência e fé e também quanto ao relacionamento com o sexo oposto.
Uma moça, descobrindo em uma de minhas manifestações em sala de aula que eu era evangélico, apresentou-se a mim como cristã e começamos uma amizade.
Naquele tempo eu tinha um propósito com Deus em meu coração. Eu não queria ficar namorando com várias moças para depois decidir com quem me casar. Não queria namorar por namorar.
Aquela moça me disse que tinha namorado não cristão e começou a se abrir mostrando que não estava completamente firme na Igreja. Enquanto conversava olhou para o meu braço e disse que eu tinha cabelos loiros nos braços e fazendo isto começou a alisá-los com o lápis que usava.
No mesmo instante percebi que estava me aproximando da “grande tribulação” e que havia outro “espírito” naquela conversa. Com educação e jeito saí da situação o mais rápido que pude.
Não queria que ela pensasse que “eu não era chegado”, mas queria que ela soubesse que eu não era frívolo ou superficial em meu compromisso com Deus.
Percebendo minha postura ela continuou amiga, mas aprendeu a manter a devida distância.
Em todas as matérias eu ia muito bem, mas em Matemática eu sempre tive muitas limitações. Não gostava e ainda hoje no máximo, suporto.
Chegado o dia das provas fui confiante para realiza-las, orando e pedindo ao Senhor que me ajudasse a lembrar o que havia estudado e ainda que fizesse um milagre na prova de Matemática.
Na semana seguinte sairia o resultado do gabarito.
Conferindo o resultado que na época era veiculado através da rádio, havia passado em tudo, mas segundo a minha correção, a nota de matemática fora insuficiente.
Alegre por ver que havia superado todas as demais matérias e triste por saber que teria que vencer ainda a de Matemática, esperando mais de seis meses para um novo exame, fui à sede do Supletivo Visão para verificar a lista de aprovação e os trâmites para a obtenção dos documentos.
Quando vi a lista dos aprovados, ocorreu-me ver também a classificação em Matemática, só por desencargo de consciência. Quando verifiquei a lista alfabética dos aprovados, lá estava o meu nome.
Pela correção que fiz ouvindo o gabarito através do rádio, faltavam-me dois pontos para a aprovação com a nota mínima exigida para a prova.
Alguma coisa aconteceu. Ou eu errei na correção, ou então foi um grande milagre.
Fico com a segunda opção nos dois casos, ou seja, de uma forma ou de outra Deus me abençoou com uma significativa vitória e superação, além de curar-me em relação àquilo que eu passei a pensar sobre as minhas possibilidades quanto aos estudos.
Tenho a certeza de que o Senhor pode fazer muito mais com você, por você e através de você.
ResponderEncaminhar |