Setembro Amarelo, o mês de prevenção ao suicídio
Diversas entidades estão se mobilizando em todos os meses do ano para combater o suicídio, que já virou um problema de saúde pública. No entanto, o mês de setembro foi determinado para intensificar os debates e diversas outras ações.
Neste ano aumentou o número de pessoas engajadas que trabalham na prevenção do suicídio, e a novidade foi a criação do Comitê Municipal de Prevenção ao Suicídio (CMPS). Outro fator que contribuiu, foi a divulgação do 188, que funciona em todo o Brasil, de forma gratuita. Conforme destacou a coordenadora do Departamento de Saúde Mental aqui de Francisco Beltrão, Marina Thibs, o CMPS foi criado através do Departamento de Saúde e outros parceiros, por sentir a necessidade de realizar um trabalho em rede, articulado a outros serviços e instituições.
Segundo dados de 2019 da OMS, 800 mil pessoas cometem suicídio ao ano,no mundo. O número de tentativas é ainda mais assustador, pois, para cada caso de óbito, 20 outras tentativas são registradas. A cada 40 minutos uma pessoa comete suicídio.
A campanha de prevenção ao suicídio, incentivada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), de iniciativa da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), tem como objetivo desmistificar o tema e incentivar a conversa sobre o assunto, pois compreende que falar sobre o tema ainda é a melhor solução, o caminho fundamental para evitar tragédias e diminuir os índices.É a principal causa de morte entre jovens de 25 a 34 anos.Na faixa etária entre 15 a 29 anos, é a segunda causa de morte, ficando apenas atrás de acidentes de trânsito.
Números preocupantes que podem ser diminuídos com campanhas de prevenção e conversas sobre o assunto. O Brasil é o 8º país na lista de casos, mas vem crescendo e ainda não se têm a divulgação dos dados atualizados. A meta até 2020 é conseguir diminuir em 10% o índice de casos.
Um blog muito interessante é o da Escola da Inteligência Educação Socioemocional, (https://escoladainteligencia.com.br/combate-ao-suicidio/), que diz:
Matar a dor e não tirar a vida
Pessoas que têm esse desejo, na verdade têm sede de viver, mas dificuldades em enfrentar seus problemas.
Querem acabar com o problema, e não com a própria vida, mas não encontram solução para isso, caem no erro.
As pessoas que sofrem dessa angústia precisam aprender a usar o desejo de viver para superar essa dor, e desenvolver meios de enfrentar seus próprios medos, suas dificuldades, os desafios, afinal, todo ser humano é falível e passível de crises.
Solução, SIM!
De fato, lidar com essa questão não é simples. O assunto é um grande tabu para muitos, temido em vários ambientes, desde escolas, família, trabalho e além disso, grande parte das pessoas que vivem esse problema mergulham no isolamento e com isso turbinam a sua dor.
Em muitos casos, os sinais são silenciosos e, por isso, a atuação da família ou mesmo de um profissional, é mais difícil.
Falar sobre a dor, o conflito que essa pessoa está vivenciando é o primeiro passo para conseguir tratamento adequado.
Chorar, desabafar, expor seus sentimentos contribui para nutrir a coragem de viver, além disso, expor as questões que o afligem alivia a tensão e dá subsídio para a ajuda.
Não deveríamos, em hipótese alguma, ter vergonha das nossas dificuldades, dos nossos medos, pois nenhum de nós atingimos a perfeição.