POEMA
Vento
Assovia a escarpa
E nada escapa
A águia voa
Aproveitando a diferença
Sopra o vento frio
Pela planície
Acompanha o rio
Que segue fraco
Tudo é movimento
Desde o ramo
Até o bambuzal
Perto das árvores frondosas
A borboleta
De tão singela
Vence a rajada forte
E volta para sua flor
Vento da beira-mar
Onde o menino
Com sua pipa
Alegre olha o céu
Ondas de tempestade
Rajadas de vento
Crispam o mar
Levando o barco para longe
Como é bom
Um vento fresco
No verão escaldante
Para amainar a existência
Sempre um vento
Para pôr em movimento
Quebrar a monotonia
Trazer algo novo
Cláudio Loes