SEMPRE POR PERTO
E Ele Está Aqui – Capítulo 09 – Começos Especiais Em Itapoã
Ao ser batizado no Espírito Santo um fervor ainda maior alcançou o meu coração. A vontade de falar do amor de Deus a outras pessoas, o desejo de testemunhar, de orar pelas pessoas necessitadas, tudo isto começou a fazer parte da minha vida e dos meus dias.
Continuava a frequentar a Peniel e também frequentava os cultos na casa da irmã Florianice.
Peniel iniciou no Bairro Itapoã, próximo à Lagoa do Nado, um culto no lar conhecido como Grupo Familiar. Distava este culto cerca de 3 km da minha casa e eu ia sempre às sextas-feiras de noite a pé para lá.
Era uma casa onde se reuniam vários irmãos de nossa igreja e todos eram muito receptivos.
Lá conheci a irmã Salete, o irmão Emerson, e éramos ministrados às vezes pelo Pr. Marquinhos e pelo Silas, que fazia o louvor.
Era tudo muito simples, muito especial. Deus nos visitava e nos falava de maneira muito linda. Ali presenciei pela primeira vez visitações de Deus efetivada sobre todos os frequentes e libertações que jamais havia visto. Ao ver o violão da família ali disponível, algumas vezes tomava-o nas mãos tentando extrair algum som, admirado que estava ao ver Silas fazer isto com impressionante destreza.
Quando eu tinha perto de 8 anos de idade, minha mãe houvera me levado a um professor de violão que tentou ensinar-me a tocar. Lembro-me até hoje de ele me mostrar a postura do uso e do dedilhar, no entanto, ao me passar as noções das cifras, no sentido teórico, a aula ficou desestimulante para mim. Logo abandonei o curso. Consigo apenas recordar que esbocei fazer o ré maior, e nada mais. Agora, ali no Itapoã, um desejo grande de aprender a tocar, surgiu dentro de mim.
Comecei a observar atentamente como Silas usava o violão e nos momentos nos quais o instrumento ficava disponível, dedicava-me a tentar tocar algumas notas. Mas era muito difícil para mim. Foi então que resolvi colocar este desejo em oração. Disse ao Senhor: “Quero muito aprender a tocar para te louvar e servir assim como o Silas faz”.
Vendo a minha curiosidade, Emerson, um dos moços mais experientes que frequentava o grupo, sentou-se ao meu lado e disse: “Com estas 3 notas que vou lhe ensinar você vai aprender a tocar a primeira música. ” Emerson apresentou-me uma sequência dedilhada em ré maior, mi menor e lá maior, com a letra da música que era um “aleluia” cantado em sequência.
A irmã Aparecida, dona da casa em que nos reunimos e do violão, emprestou-me o mesmo para que eu pudesse treinar aquelas notas e assim começou o milagre musical em minha vida. Sem ter aulas e de forma intuitiva, comecei a aprender mais notas, observando as sequencias das notas tocadas por Silas, às vezes por Renan e também as tocadas pelos irmãos que tocavam na Praça 7.
Era tremendo e especial perceber que estava já tocando várias canções com um rápido aprendizado intuitivo. Era o professor Espírito Santo me ajudando e motivando a perseverar na direção do aprendizado de novas canções. Tocar e cantar me ajudaria muito em meus momentos a sós com Deus.
Foi assim que aprendi não apenas a tocar, mas recebi uma direção para compor canções evangelísticas. Este era o perfil das canções dos cultos ao ar livre e era isto que eu queria fazer com a música, levar o amor de Deus aos não crentes. Até então aprendia e tocava com violões emprestados. Mas veio o tempo em que outro milagre aconteceu.
Vendo o meu esforço no sentido de querer tocar, meus pais decidiram dar-me de presente um violão. Minha mãe perguntou-me: “Que violão você quer? ” Eu havia me informado e na época o violão desejado por muitos era da marca Di Giorgio, número 16. Foi este o violão que pedi e minha mãe me presenteou com o mesmo.
Aquele violão acompanhou-me em muitas aventuras de fé, muitas reuniões abençoadas, muitos cultos ao ar livre. Ele, o Senhor, agora estava comigo dando-me a oportunidade de abraçar um talento que o passado me havia negado. Era uma poderosa e especial restituição e agora usaria este talento para Ele, apenas para Ele.